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Estados de alma (1917) - Gilka Machado

Possa eu, da phrase nos absonos sons, em versos minusciosos ou succintos, expressar-me, dizer dos meus instinctos, sejam elles, embora, máos ou bons. Quero me vêr no verso, intimamente. Em sensações de gôso ou de pezar. pois, occultar aqui'lo que se sente, é o próprio sentimento condemnar. Que do meu sonho o branco véo se esgarce e mostre núa, totalmente núa. na plena graça da simpleza sua minha Emoção, sem peias, sem disfarce. Quero a arte livre em sua contextura, que na arte, embora peccadora, a Idéa, deve julgada ser como Phrinéa: - na pureza triumphal da formosura. Gelar minha alma de paixões accêsa porque? si desta forma ao Mundo vim; si adoro filialmente a Natureza e a Natureza é que me fez assim. Meu ser interno, tumultuoso, vario, - máo grado o parvo olhar profanador - no livro exponho como num mostruario: sempre a verdade é digna de louvor. Relatando o pezar, relatando o prazer, través a agitação, través a calma, a estrophe deve tão somente ser o diagnóstico da alma