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Mostrando postagens de novembro, 2010

EU

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Poeta dileta segue discreta exceto quando festa então o corpo se infesta se agita do pé à testa entra em qualquer porta aberta No outro dia indigesta o silêncio me contesta a consciência me detesta Com a mente inquieta a vida me testa nesse muito tempo que me resta tomara que continue ilesa.

Noite solo

Chegou com a cabeça erguida, passos firmes, olhos um pouco surpresos da imagem que via.Quando se ligou a outro par de olhos, pouco receptivos, logo deixou sair um sorriso feminino, ganhou a entrada, juntou as moedas e pagou a cerveja, bebeu o primeiro gole e depois, só depois daquele tão esperado gole gelado reparou bem os poucos cabeludos, barbudos que falavam sobre qualquer coisa ao seu lado e a olhavam com ar de curiosidade querendo entender porque ela se encontrava lá, naquele horário reservado para suas falácias e piadas sem graça. O lugar a encantou, seus livros pendurados no teto, deixava claro que as palavras são soberanas e estão vagas, aguardando uma massa cefálica para as por em ordem e sentido; paredes que carregavam a história de noites com músicas, muita prosa e poesia. Ela só queria ouvir um blues, mas era dia de jazz; então se conformou com o jazz, a banda ainda não tinha chegado. Ela só queria fumar um cigarro, mas a dona do dono do bar a fusilou com o olhar, então se

Atraso do acaso

Enorme desabafo de um coração machucado há pouco curado e agora maltratado Distante do senso de perceber o veneno da malícia, esse desejo bom de sentir, feio quando vejo E se com outras ele sente sinal que não mais que de repente acabaria essa inocente escrevendo pra se deixar um pouco contente Com pulos e giros de samba,  maracatu e gritos deixo sair esses espíritos que deixam ofuscado o meu brilho Foram tantas borboletas no meu estômago, pernetas. Reflito agora, será apenas insistir que o coração ainda ganha a razão e pensa?

Pirâmide de classes

Pequeno grande ser humano hora é hora quer ser só falta se juntar a ralé falando do que vai te promover.

Vida de andorinha

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Sou uma andorinha voandinho na cidade circulando perdidinha de cada grau me sentindo parte mas voo sozinha, um passarinho à parte se acompanhada de amiguinhas desço em pontos afim de atividades. Pouso em uma pinha para apreciar a tarde brincando com ervas daninhas bebendo água para maior de idade. Já antes de raiar o dia vejo a luminosidade com muitas piadinhas saúdo o dia que nos invade. Vida de andorinha levada, avoada, seguindo em disparate sozinha ou em companhia piando em tatibitate

Ciclo viciante

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Se o coração acelera Se a batida é esperta [da música, de vodka, de vinho...] Não há mal que se nega. É como um portão que se atravessa: de santa à travessa. Da pose pra posse Do jeito pro peito Da bossa pro funk Dos hinos aos brindes Dos risos às gargalhadas De careta à caretas Do cheiro pro beijo Do tato pro ato De down pra Up. De Up pra down.