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2020

Lucrécia pulou de pára quedas João saiu da contra-mão Karina vestiu a batina Larissa comeu muita linguiça Carl quebrou o pau Jheni aboliu a  TPM Let ganhou porque investe Kel fundou a igreja conhamel Fran casou com um xamã Chu comeu muito cú Rosa amou com  prosa Luiza viajou pra Ibiza Aline dirigiu um  filme Gustavo virou vô Werto produziu o cd certo Diego atendeu por  nego Eu não penso no meu.
Minha criança, não chore bicho papão não existe não chore, quando crescer ele vai embora mascarado de amor meu bicho papão virou medo assusta, trava me espanta e espanto pior de tudo: faz não ser mais criança e me dói. Me silencia, me esvazia e só vai parar de me assombrar o dia que eu entender que ele sim existe e ao invés de forças pra correr longe me tira a fraqueza e traz pra perto Mulher, não chore bicho papão existe sim não chore quando crescer terás conhecido outros mais [me consome  choro sem pranto  nostalgia ruim  antes tivesse pranto pra lavar o passado.]

Mariana Aydar - Palavras não falam

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Uma explicação aconselhada para o colega Pedro e a parede

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Eu, que já senti e sei como é. A trilha parece ser a única, aquela reta que passa o horizonte e te deixa cego de tanta beleza. Lindo é ver uma pessoa pura que na espera para pegar o trem já imagina a beleza na paisagem do horizonte. Agora meu trem está sempre trocando de trilho, um caminho não premeditado, sem escalas. Minhas paisagens têm sido as mais belas. Variadas cores ora frias, ora quentes; sempre me deixam colorido para a vida. Em um momento os trilhos cruzaram-se em uma paisagem agradável. Mas meu trem está com pressa, ao mesmo tempo que faz suas paradas e entregas, está numa busca incansável do trem que tenha nos trilhos o mesmo percurso.

Prazer, soneto

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Na madrugada acordo sem sonho um lampejo sem luz sem som sem corpo a alma sem ideia d'onde passear partilha com a razão o anseio de viajar O livro longe da cabeceira grito da solidão alheia me preenche e reapresenta-me o antigo soneto razão em dois quartetos mais dois tercetos seus dez sons no verso exalam e expande faz-se formada música cantada da lei harmonia histórica gerada [des]de parnásia a romance e Gomorra de linha reta incerta sem meta poesia é a melodia d'alma do poeta

e/ou

Incertezas atrações distrações incerteza Um rolo um enjôo incerteza opiniões sugestões incerteza álcool abstinência incerteza farinha careta incerteza amor tesão incerteza sofrimento paixão incerteza [in]certa aperta me nego aí sossega 

EU

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Poeta dileta segue discreta exceto quando festa então o corpo se infesta se agita do pé à testa entra em qualquer porta aberta No outro dia indigesta o silêncio me contesta a consciência me detesta Com a mente inquieta a vida me testa nesse muito tempo que me resta tomara que continue ilesa.

Noite solo

Chegou com a cabeça erguida, passos firmes, olhos um pouco surpresos da imagem que via.Quando se ligou a outro par de olhos, pouco receptivos, logo deixou sair um sorriso feminino, ganhou a entrada, juntou as moedas e pagou a cerveja, bebeu o primeiro gole e depois, só depois daquele tão esperado gole gelado reparou bem os poucos cabeludos, barbudos que falavam sobre qualquer coisa ao seu lado e a olhavam com ar de curiosidade querendo entender porque ela se encontrava lá, naquele horário reservado para suas falácias e piadas sem graça. O lugar a encantou, seus livros pendurados no teto, deixava claro que as palavras são soberanas e estão vagas, aguardando uma massa cefálica para as por em ordem e sentido; paredes que carregavam a história de noites com músicas, muita prosa e poesia. Ela só queria ouvir um blues, mas era dia de jazz; então se conformou com o jazz, a banda ainda não tinha chegado. Ela só queria fumar um cigarro, mas a dona do dono do bar a fusilou com o olhar, então se

Atraso do acaso

Enorme desabafo de um coração machucado há pouco curado e agora maltratado Distante do senso de perceber o veneno da malícia, esse desejo bom de sentir, feio quando vejo E se com outras ele sente sinal que não mais que de repente acabaria essa inocente escrevendo pra se deixar um pouco contente Com pulos e giros de samba,  maracatu e gritos deixo sair esses espíritos que deixam ofuscado o meu brilho Foram tantas borboletas no meu estômago, pernetas. Reflito agora, será apenas insistir que o coração ainda ganha a razão e pensa?

Pirâmide de classes

Pequeno grande ser humano hora é hora quer ser só falta se juntar a ralé falando do que vai te promover.

Vida de andorinha

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Sou uma andorinha voandinho na cidade circulando perdidinha de cada grau me sentindo parte mas voo sozinha, um passarinho à parte se acompanhada de amiguinhas desço em pontos afim de atividades. Pouso em uma pinha para apreciar a tarde brincando com ervas daninhas bebendo água para maior de idade. Já antes de raiar o dia vejo a luminosidade com muitas piadinhas saúdo o dia que nos invade. Vida de andorinha levada, avoada, seguindo em disparate sozinha ou em companhia piando em tatibitate

Ciclo viciante

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Se o coração acelera Se a batida é esperta [da música, de vodka, de vinho...] Não há mal que se nega. É como um portão que se atravessa: de santa à travessa. Da pose pra posse Do jeito pro peito Da bossa pro funk Dos hinos aos brindes Dos risos às gargalhadas De careta à caretas Do cheiro pro beijo Do tato pro ato De down pra Up. De Up pra down.

Insulina - Por Mathilda Kóvak

  se sou doce viro melado e enjoo se sou amarga viro veneno e não doo minha amargura é a insulina do mundo minha doçura o marshmellow das crianças eu quero que elas se lambuzem enquanto a diabetes não vem adultas provarão do meu veneno-insulina eu que nunca deixei de ser menina nunca deixei de ser velha também assim, minha escrita fina corta o torso do animal humano lâmina que é em minhas mãos trêmulas opero com este bisturi que é minha pena o coração da espécie e acordo no CTI de peito rasgado inscrita a minha prece porque fui eu que me ofereci em sacrifício ao doente ao lado fui eu que sofri tudo quando o resto tinha pressa fui eu que atuei e escrevi esta peça fui eu que me perdi e me encontrei que morri e ressuscitei todo poeta é Jesus

Metamorfose

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Tudo começa com um gole.  Umas caras sérias ou sorrisos forçados, quadrados.Um assunto sem sentido pra jogar as palavras e não deixar o silêncio tomar conta da mente, um trago  pós-gole, um gole pós-trago. Se observa as saliências, detalhes, jeitos, olhares. Tesão da novidade, do antigo feio virando novo belo;  do álcool de graça, da chapação garantida. Terceiro copo. Os assuntos se combinam, as risadas engraçadas são de fato uma graça! Música para o ambiente, as falas que não se esgotam, mescladas com essa sede insaciável de continuar assim! Todo mundo em casa, pernas descruzadas, tênis descalçados, postura desleixada. Geladeira aberta com a Vodka gelada, à la vonté ! Serventia da casa, garçons de nós mesmos, nos servindo livremente da descontração. Sexto copo Os brindes são a prova da mesma frequência, concordância de grau, de sentimentos, da idéia lançada de coração aberto, positivamente, sem medo e com respeito à  vibe, à vida, à juventude, compaixão aos sérios, à desgraça que

pense tenso!

Falo e não penso, penso e não falo, se penso e falo, fica tenso, intenso.  Acendo um cigarro no incenso!

I Don't care

Me liga! Diga-me por que não me liga? Será porque eu não me ligo? Não ligo pra mim, só quero que me liguem! Mas não se liguem em mim. Então me larga! Porque eu já estou largada, eu já SOU largada, me sinto mal. Larga. Desligada. Desatinada.                                                     Ouvindo: Speak Low - Billie Holiday                       " I feel wherever I go                                    That tomorrow is here                                                                Tomorrow is near and always too soon                                             Time is so old love's so brief                                                       Love is pure gold and time a thief"                                                                    All or nothing at all - Billie Holiday (1995)

Morte. Sorte?

Morte. Se for descanso, que sorte! Não tem mais dor pelo corte, nem do tumor que te entorte. Morte. Deixa a família mais forte! Vem tio e prima do Norte! Irmãos se sangram em suporte, ou veem no sangue loteria e passaporte. Morte. Se ocorrer não se importe, o fim da vida será sempre a morte!

Final Feliz!

Quero sumir, quero dormir quero simplesmente ir ir para não sei onde que me faça rir. Rir dessa situação fazer disso um canção que me passe alguma emoção! Guerreira da linha de frente dá a cara a tapa e nem sente não consegue evitar sua tristeza pra deixar o outro contente. Tempo que passa, amigos dão a graça mãos que abraçam e mostram a raça! Almoça uma gelada entre passos de andada a gente dá só risada em uma só embalada! De sobremesa biscoito de chocolate feitos com carinho de verdade a gente come com liberdade leva uma lembrança e mata a vontade! No fundo da sala a aula está chata me oferecem uma bala um pedaço de cada. Amiga de rima depois desse verso vem outro em cima não queremos saber de insulina só queremos o bar da esquina!!

Noite passada

Pacato de fato, meu coração enganado, cansado de levar maus tratos concorda com o acabado. Fica tão irado é tanto que não demonstra no ato. para aliviar só mesmo um drink gelado ganhado no porão, brinde dos ratos. No fundo quero ir pro mato, sair do silêncio gozado, no vale dos cisnes  não me sentir pato, ficar longe dos falantes sem recados. Depois de um tour rodado, num momento, um cato que não sei porque levei como fardo, era pra ser alívio no momento chato. Galera surge, alegra como um salto  o sorriso dos amigos ao lado. Agora não sou mais pato tomo mais uns goles do gelado. Ganhei um poeta, calmo, anfitrião e legal mas eu estou esperta, sei bem no final quem acaba mal.

Para minha rainha!

Num dia como hoje nasceu o coração da maior beleza, um presente que Deus me deu: uma mãezinha tão firmeza! Um dia ela terá um novo Romeu, que vai admirar sua pureza. Pode deixar nas mãos de Deus, Ele vai te achar outro que a trate como princesa! Minha mãe é anjo do céu que tem como missão encantar  e ser doce como mel, tanto faz se é inverno ou verão. Se eu fico chateada, ela percebe e me abraça! mesmo não entendendo a filha complicada, me faz carinho e a tristeza logo passa! Pequenas palavras para uma grande pessoa que tem coração puro e brilhante! Concerteza Deus te abençoa no seu dia de aniversariante!

Coração cigano - Edú Lobo

Coração é cata-vento carrossel sem direção a girar de modo lento pelo vento da ilusão nesse eterno movimento de saudade, de tristeza e de paixão. Coração roda de engenho feito o meu movido à mágoa quanto mais mágoas eu tenho,  gira mais a roda d'água é a vida esse desenho que só pára quando pára o coração Coração roda moinho suave dor, um turbilhão vai girando no caminho o seu breve carrilhão nesse eterno burburinho de procura de amor, de solidão. Coração aventureiro vai seguindo a caravana navegante de cargueiro que tem bússola cigana e a vida, o seu roteiro  que só pára quando pára o coração.

Entulho

Um dia ela me perguntou se poderia  dilacerar meu coração, ferir meu orgulho, me fazer sentir a mais feia, um bagulho por causa de um entulho. De resposta só dei meu pranto, engasgado na garganta mostrando só um pedaço do sofrimento que seria. Afinal, quem em sã consciência deixaria? Ainda tem uma coisinha apertada no peito amor bobo de menina, pedaços desse entulho, que inocência ainda pensava que teria um futuro. Sem dó, nem piedade  ela dá o golpe. Na calada da noite, deixando do outro lado da cidade a cama de outro homem a esperar-te.  Pra que querer todo mundo? Já não basta todos os olhares? Todos os sorrisos, gracejos, chamegos. Todo mundo a te desejar! Me rouba a confiança, os sorrisos, os amigos, até o álcool já não me quer bem. Espero que não te façam o que me fez. coisa mais feia, pútrida e nojenta querer justamente o que aquela que mais te ama,  te apoia, sonhava em ter. Há um leque infinito de gozos, um álbum de figurinhas completo, com as mais belas intenções que o

Amor de momento

Me ama na cama. me deixa em chamas, me puxa o cabelo, me sinta até a ponta do pêlo. Me abraça, me beija,  me come e se lambuze! Como se eu fosse seu sorvete preferido, que você torce pra não acabar. Me morde, me aperta! Fica entre minhas pernas. Começa suave,  e como um degradê, o ritmo acelera, a mente não nega, se perde e se entrega. Corpo no corpo, suas tatuagens em mim, nosso suor se mistura, virando um suco de luxúria. Meu nego, não me ame! A não ser que seja na cama. A menina mulher  vive a não saber o que quer, mas sabe muito bem o que não quer:  não se apaixone, não se engane. Está claro, como um sol de verão  refletido no piso branco.

Escola da vida.

Educação continuada, a cada dia se aprende,  se sente, se tenta e se entende. Não há livro que ensine, dicionário que defina o que é viver como uma dona Serebina. Seu joão sabe, ninguém ensinou como é cortar cana, fazendo da lança o barulho da dança. Dona Maria, um dia menina aprendeu sozinha devolver a maldade do mundo sendo boazinha vendo Deus em tudo. E continua, continua, continua aprendendo. Sai João, entra José, pega bicho de pé, e continua aprendendo...

Rafa

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Ei, faceiro! Sorriso Maroto, desejo no olhar! Assuntos da vida, que nada! A noite é feita apenas para se entregar. Desejo no olhar! Olhos claros, se enxerga até o que se passa na mente, fácil como ver TV. Ora um futuro, futuro não distante. Desejo no olhar! De vez em quando uns flashes do que poderia ser mais além. Desejo, desejo no olhar! Ei, gracinha! Não quero ser futuro de alguém, Somente me quero no futuro, Amém!

Ele precisa começar!

Ele precisa começar. ele quer um impulso qualquer, quem sabe até uma distração que tire dele esse monte de olhos espectativos! Ele precisa começar! e a pressão, que pressão! como se as forças do universo dessem corda à batucada do coração. Ele precisa começar! pede ajuda ao público, não entendo dessa coisa de teatro. Já tem alguém escalado pra ser a fátima? Eles precisam começar! Não, não tinha quem seria, quem enfrentaria, ser olhado, examinado de cabo a rabo, 360 °! Um cara começou! uuuuuufa! a peça continuou. O corajoso, uma vez lá aberto a julgamentos sentiu até uma pontinha de arrependimento e tesão! Nego da platéia depois que sai comenta: Eu seria uma fátima bem melhor! eu faria, falaria, mexeria... ria ria ria! Então começa PORRA! ele, ela, aquele, aquela, precisa começar! se ameaçar, se jogar! Não só nessa peça, mas no espetáculo da Vida. Encarar com um encolher de largos ombros a vista grossa de pequenos olhos!

Gota da Tsunami

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A gota da inspiração como o som de um violão no compasso passo, passo. Gota que desce suave e gigante, acariciando e abrangendo os cabelos. Um gelado na alma. Arrancado de dentro do coração para ficar guardado, dobrado, e pra sempre lembrado.

Súdito Ímpeto

Súdito ímpeto, porque é assim que surge as minhas idéias. Idealista por natureza, eu sigo meus instintos! Súdito porque precisa da vontade de alguém para que ocorra, e é claro, além da vontade de me expressar, vontade da vida ao meu redor falar por mim, da maneira que me vem à cabeça: Ímpeto! é assim, de ímpeto que acontece, uma agitação de espírito, violência de sentimentos, que simplesmente eu deixo sair! Salve a inspiração, salve a vida! salve Idealistas, poucos, porque são loucos e especiais!